brinkscadeira
dossier wilson bueno
dossier wilson bueno
Wilson Bueno nos habrá legado no pocos textos marcantes, innecesario aquí subrayarlos. ¿A quiénes, nos/as? Cuestión abierta. Por de pronto, para algunos/as, que, en la experiencia de la amistad –no exenta, a ratos, de filosas discordancias–, habremos vislumbrado la móvil radicalidad de su escritura. Textos marcantes no sólo o no tanto en contexto curitibano o brasilero o aun latino- y/o ladinoamericano. Textos marcantes abiertos al descontexto o al contexto por venir en cada textura en que sus marcas marafas se entrelacen, confluyan y vuelvan inéditamente a desarmar todo contexto predeterminado. Otra vez: Wilson Bueno nos habrá legado no pocos textos marcantes, innecesario aquí subrayarlos. Allende la necesidad y la innecesidad del caso, con todo (y nada), cómo no hoy subrayarlos, económica y/o dispendiosamente, cómo no saludarlos.
reynaldo jiménez / andrés ajens junio 2010
domingo, 6 de mayo de 2012
viernes, 9 de diciembre de 2011

WORMSWORMSWORMSOMS
dulces entocinados sujetos regados/ moran el agua/ la coagulación somática lagrima sulfura mana/ escritura parición enzimática/ el lago arroya-llama dulces sujetos brigan convexos estirados en los ratios menos uno/ reflecta fora là/ uñas de tierra botas negras al rocío/ veda maleza- homless malo bueno palo roña ponzoña worms embolsa irriga lamas líneas. tus ojos pardos. som`s cortes. clusters pleurales arroyados a un grado errado- aún destino plagado encerrado-es circular vuelta atrás es circular tras- mata riada trepa alambra là casa & en el bronquial trazo hielan los textos. los àrboles- órganos que esporan vaporizan formados a la convulsión/ chilla dog/ piracicaba- vai cara senhora/ sò natus power no carro-aparapita home less sitù foras là- las montañas blancas salan el cuerpo- dry homless- a bolsa- aboca- silente banheiro- escuta mira e prende estrela ase matos- o cavalo nas montanhas brancas aparapita aparapita cìrculo da pùa dulces inyectados na pele- los morros de la sangre espectadora espanta ora ora katoey aparapita- abuse of power comes as no sorprise- círculo da pùa- malament da púa- a estrela elètrica cima los neumáticos- doce- piracicaba- nossos olhos ácimos- uma sorpresa na cama- amanteux no parlaré no parlarè res-malament.silence na cama da púa doce- outro corpo- outro organismo encima fala- katoey o poema esquecido sumido- corpo planta è res no parlès elea- là- enreda la espera mora cavalera- es implosión corazón i parte viaja rasga- excavada lengua sedimento. mano línea sutura-sin la forma ida redecilla apara là- calca el agua estrela cae al dibujo. encastra sombras silentes al mercurio -de los ojos al frenético butoh-ora llama esculturas al yeso de la piel orbital- se tara la marca corteza táctil- rescribe las líneas. tamo ora corte -enciende al fibroso tubérculo que cierra sin núcleo- tora zonal viene el magnético registro perdido en el blanco.negro morro- quema glosa el río rabioso sobre el tórax al negativo en las piedras musculares-mallas la mañana. turbas nutrición-placenta quemadura veladura rojo manglar- arco la voz katoey- se estrangula el sonido en la cámara térmica- las fluorescentes putrefacciones del murciélago sierras al miedo- radiante- chancro funde sò sangue- som doces corpos de la permancia- som corps pùa rua- cor dor na rua- rosa es el frìo color anatómico (centro vacío)-tapias tapias que sin lumbre alambre- fue la captación de un cuerpo- a laguna mandibular-gusanos del sonido en la excitación térmica modulan el ratio lumínico de la saña maña- al límite dérmico-picaña- incineración bio-lògica/ es un cuerpo sin ideal- a la fermentación- vuelta marca raya manta glosa sofoca la horca micotiza paraliza el espaço el habla- la fala conversa el ganglio lingüístico- ora en renglones negros-
pilar ortega
martes, 31 de mayo de 2011
miércoles, 11 de agosto de 2010
Elegia para Wilson Bueno
com uma facada no pescoço
Assim se mata um homem:
com uma facada bem no pescoço
exemplarmente, estrategicamente,
Assim se mata um homem:
à traição, por trás, bem de perto,
de um modo certeiro, de uma vez,
Assim se mata um homem:
na sua própria casa, na sua
sala, no seu mundo particular,
lá!, onde era, podia ser, todo,
Assim se mata um homem:
para que todos saibam depois,
muito tempo depois, para que um
irmão o encontre, para que ninguém
possa salvá-lo, para que um irmão
possa se encontrar com o terror
e se despedaçar, para que todos
saibam que ninguém está seguro
neste mundo, para que todos
saibam que a casa é parte do
mundo, mas enfim, enfim, para
que todos, ingênuos, cínicos,
trouxas, saibam, no seio da
classe média brasileira, que país
é este, mata-se um homem como
se mata um bicho, de um modo
selvagem, mata-se não mais um
homem, mas um homem outro, não
um homem outro a mais, mas um
dos últimos homens outros num tempo
de desumanizações, como prova da
desumanização cotidiana, por
isso mesmo mata-se um homem
como se mata um porco, mata-se
um homem assim, com uma
facada na garganta, para que
o jorro de sangue corra pela face
e se confunda com as lágrimas,
para que, como água de represa agora
aberta, desrepresada, agora em
fúria escorra e inunde, porra!,
a terra toda de realidade, da
realidade dos realistas, da estúpida
realidade dos realistas capitalistas
racistas machistas, para o triunfo
dessa insuportável realidade, mata-se
um homem que resistia à realidade,
que desobedecia a realidade, que
desrealizava a realidade, mata-se
um homem com o rigor brutal da
realidade, com uma facada no
pescoço, para deixar bem claro,
uma vez mais, como a realidade é,
como a realidade age, o que é a
realidade, a barbárie, o sangue,
o crime, o sofrimento, a dor, a dor,
Assim, para que não fique nenhuma
dúvida sobre o poder destruidor
da realidade, assim, sangrando,
mata-se um homem, fazendo-o
urrar como um boi no matadouro,
castigando-o impiedosamente até
cair como um pedaço nojento de
carne e osso, como um castigo por
ter ousado sonhar, por ter sido um
sonho andante, como um castigo
por ter ousado sentir, por ter
sido um sentimento ao vivo,
enfim, como um castigo por
ter sido apenas e apenas ter
estado para ser, condena-se
e mata-se na surdina, na própria
casa, covardemente, de um
modo vil, condena-se e mata-se,
com uma facada bem no pescoço,
com uma perversidade que só
o mais animal dos animais, só,
ninguém mais, o bosta absoluto,
o racional, o civilizado, o crente,
o fiho de Deus, o que crucificou,
por amor a Deus, o próprio filho
de Deus, uma perversidade que ele,
o mesmo homem, o homem ele mesmo,
só ele consegue ter, com essa perversidade,
mata-se um homem outro, não um
outro homem apenas, não mais um
homem outro a mais, um artista,
Assim, com uma facada fatal bem
no pescoço, rasgando a voz,
decapitando grotescamente a fonte
de humanidade, mata-se um homem
outro para deixar bem claro, mais
uma vez na história, que os homens
outros (Cristo, Trotski, Lorca, Che,
Malcom) não têm lugar neste mundo
martes, 3 de agosto de 2010
CINCO JUGUETES DE WILSON BUENO
cálculo
qué amor más oscuro
lloran árboles de noche
ramas contra muros
la nostalgia trama triste
tres mil años un segundo
presente antiguo
arreglo floral
pétalo a pétalo azul
celofán en velo
suelto del hilo de seda
el colibrí hace el cielo
mudanza
mi madre a las espaldas
atravesamos aldeas
más de cien kilómetros
tanto la llevamos en brazos
que ahora somos aéreos
reflejo
¿de qué mirar la faz
espejo mío, espejo mío
tu inmóvil fiesta?
fijo reflejo de nada
en ti en tanto el color de la tarde
jardines
en un vaso de flor
planto futuras begonias
y un cactus cantor
florecen róseas falenas
y una flor, dicen, de menos
lunes, 26 de julio de 2010
sombrío, sí, para su corta edad,
pero que hacia el futuro, con cariño,
ayer le dedicó, con su verdad.
Eso que le escribió, quizá en tercetos,
- con una pluma embebida en tinta china
y a la luz de un trémulo candil -
tal vez sea el mayor de sus secretos
(como un tesoro sin mapa de la mina).
Sólo que nadie sabe en qué valija
la bisabuela encerró ese mensaje:
si duerme junto a sus guantes de encaje,
si se enredó en las sedas y bordados
del mantón de Manila o del traje
que usó, en otro siglo, en sus bodas.
El que tenga la llave que se presente,
el que tenga la llave que se presente,
o que se calle, o que se halle, o que se calle
para siempre.